Babe in Boyland
Autora: Jody
Gehrman
Editora: Dial
Páginas: 292
(Kindle Edition)
Em “Babe in Boyland” nós conhecemos Natalie,
uma garota de dezessete anos que tem uma coluna no jornal escolar, em que ela,
com o pseudônimo de Dra. Afrodite, aconselha meninas que têm problemas
amorosos. Apesar do fato de Natalie não ter nenhuma experiência amorosa ou
sexual, ela acreditava que seus conselhos eram bons, até que vários meninos
passaram a reclamar de sua coluna e pedir para que ela parasse de dizer às
meninas apenas o que elas queriam ouvir, sem realmente saber a situação pelo
lado masculino.
Natalie, pensando sobre o assunto, acaba
concordando que realmente não sabe como os garotos pensam e porque agem de
certa maneira com algumas garotas. Ela tenta entrevistar alguns meninos, mas
não obtêm um resultado satisfatório. Então ela tem uma ideia que, apesar de
louca, pode ajuda-la a obter as respostas quanto ao comportamento masculino: se
disfarçar de garoto e entrar na Academia Underwood, um colégio interno apenas
para meninos. Lá ela tem certeza que conseguirá aprender melhor como funciona a
mente masculina. O único problema é que ela acaba se apaixonando pelo seu
colega de quarto, que obviamente não sabe que ela é uma garota.
A princípio, achei que “Babe in Boyland”
fosse mais um romance bobinho, daqueles que é bom de ler quando queremos nos
distrair e que não acrescenta nada a nossa vida, mas a verdade é que o livro é
mais profundo do que parece, e deixa o leitor questionando sobre o
comportamento das garotas e garotos, e porque são tão diferentes – mas ao mesmo
tempo tão parecidos.
Natalie, que é a personagem principal e
também a narradora da história, é uma personagem carismática e com quem é muito
fácil se identificar. Quando ela se transforma em Nat, o garoto que acabou de entrar na Academia Underwood, ela
percebe como algumas coisas que nós, garotas, fazemos são tão naturais que não
pensamos sobre elas – rebolar quando andamos, ficar ajeitando o cabelo quando o
garoto que gostamos está por perto, os gritinhos e interjeições de surpresa do
tipo “oh my God”... São coisas tão naturais para nós, mas os garotos não fazem
isso, então ela tem que aprender a reprimir seu lado feminino.
Gostei do modo leve como a Jody conduz a
história. Todas as personagens introduzidas tem alguma importância, nem que
seja mínima, e a forma como ela trata das diferenças e igualdades entre meninos
e meninas é bem natural, de forma que vamos absorvendo aos poucos as
experiências de Natalie e suas conclusões quanto ao “lado masculino” do mundo.
Gostei muito da leitura, principalmente por ter me surpreendido. Recomendo às
leitoras de plantão, porque creio que não seja uma leitura tão legal para os
garotos – mas afinal, já que não somos tão diferentes assim, vai que algum de
vocês goste do livro também, né?
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