Editora: Sextante
Páginas: 448
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na
Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó
Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro.
Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de
Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta
e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta
diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e
misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para
Siena. Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram
papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma
antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano,
Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas
começando. O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois
jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio
irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível
maldição persegue essas duas famílias. E, levando-se em conta a linhagem e o
nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando
quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os
sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais
perigo. Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta –
livro de estreia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas
Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos
que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a
história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um
sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor.
“Julieta” começa quando Julie Jacobs recebe a notícia de que
sua tia avó Rose morreu. Ela e a irmã, Janice, supostamente deveriam dividir
tudo o que a mulher – que cuidou delas desde que tinham três anos – tinha, mas
não é bem assim. Logo após o enterro de Rose, o advogado da mesma diz que a
senhora deixou todos os seus bens para Janice, e nada para Julie. Umberto, o
“faz-tudo” da casa, diz para Julie que Rose deixou-lhe uma carta, atestando que
ela deve ir até Siena, na Itália, buscar por um suposto tesouro que sua mãe
escondeu antes de morrer.
Julie, apenas com uma mala pequena e mais dividas que
dinheiro, vai até Siena para tentar encontrar este tesouro. Quando ela o
encontra, percebe que é apenas uma caixa – muito bonita, mas não muito valiosa
– que contêm vários papeis, um caderno de desenho e um exemplar velho de “Romeu
e Julieta”. Tentando desvendar o mistério por trás das informações deixadas por
sua mãe, Giulietta – como ela descobre ser seu verdadeiro nome – mergulha na
Siena de 1340, onde se passou a história verdadeira de “Romeu e Julieta”,
apenas em lugar e com famílias diferentes, mas tendo o mesmo desfecho trágico.
Sem saber como agir, Giulietta não sabe em quem confiar –
será em Eva Maria e Alessandro, da família Salimbeni, suposta inimiga mortal da
sua família, a Tolomei? Ou em seus recém-descobertos amigos da contrada da Coruja – onde vive a família
Tolomei – que lhes dizem para ter cuidado com os Salimbeni? Quando Giulietta
começa a ser perseguida, percebe que pode haver muito mais mistérios por trás
da história de Romeo Marescotti e Giulietta Tolomei – de quem ela descende – do
que ela pensou quando chegou a Siena. Resta saber se ela será capaz de
desvendar esses mistérios e achar o suposto tesouro que sua mãe lhe deixou.
“Julieta” tem uma capa linda e uma sinopse que deixa o
leitor curioso. Quando comecei a ler, percebi que a narrativa era um pouco
maçante, e não me atrai muito pela história, tenho que confessar. Mas após
cerca de um quarto do livro, já fiquei vidrada na “jornada” da Giulietta, no
passado de Siena e nos mistérios acerca do tesouro que a personagem estava
buscando.
A Anne pegou alguns fatos e histórias que lhes foram
contadas e transformou algumas coisas em ficção, criando “Julieta”, mas sem
sair muito da realidade. Gostei da forma como ela deixou toda a estória muito
plausível. Para quem lê, parece até que tudo realmente aconteceu, que não é
apenas obra da imaginação de uma escritora talentosa. Gostei também de como a
Anne conduziu a história, deixando o mistério para o final, e revelando algumas
coisas aos poucos, e apenas o principal de uma vez só.
Eu indico o livro, principalmente se você gosta de “Romeu e
Julieta” – nunca li, mas tenho vontade – e quer ver uma versão diferente para a
história de Shakespeare. E também, não tem como não se encantar pela descrição
detalhada de Siena – quero viajar para lá agora!
É só passar pelas primeiras cem páginas, que com certeza você se apaixonará por
essa história onde as mocinhas são as heroínas, tentando descobrir qual é o seu verdadeiro passado.
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