Divergente – Volume #1
Editora: Rocco
Páginas: 504
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco
facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a
nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste
de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de
iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas
vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às
simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua
família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende
a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu
coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Beatrice – ou Tris, para os íntimos – vive em uma sociedade
dividida em cinco facções. Ela nasceu e foi criada na Abnegação, que preza o
altruísmo – mas há muito tempo percebeu que não é exatamente o tipo altruísta.
Na Chicago onde Tris vive, os adolescentes, ao completarem dezesseis anos,
passam por um teste, onde são indicados para uma facção. Em um dia especial,
eles escolhem a qual facção querem pertencer.
Mas Beatrice é diferente – no seu teste de aptidão, ela não
só se encaixou em uma facção, como se encaixou em três. Isso significa que ela é diferente – que ela é Divergente.
E isso – por algum motivo que ela desconhece – é extremamente perigoso.
“Agora a escolha é minha, independente do resultado do
teste.
Abnegação. Audácia. Erudição.
Divergente.” (Página 29).
Mesmo sem saber se essa é a escolha certa, a garota acaba
escolhendo ir para a Audácia. Antes mesmo de chegar ao local onde ela vai
morar, já passa por um teste – que poderia ter lhe tirado a vida. Na Audácia
ela passa por situações bem tensas e perigosas, faz amigos e até conhece
Quatro, um de seus “professores” e o cara por quem ela se apaixona.
Mas é óbvio que nada é tão simples, e tem alguma coisa bem
tensa rondando a Audácia. Um de seus líderes, Eric, parece estar envolvido com
alguns experimentos da Erudição, e nada que resulte disso pode ser bom. Tris –
e Quatro, e os líderes da Abnegação – correm perigo. Talvez a sociedade em que
vivem não seja tão justa assim.
“Será que eu tenho inclinação para a Abnegação ou para a
Audácia? Talvez para nenhuma das duas. Talvez a minha inclinação seja para a
Divergência.” (Página 326).
OMG, o que dizer de “Divergente”? Eu pretendia ler cem
páginas por dia, mas acabei lendo praticamente todo o livro em um dia só,
porque não conseguia mais largá-lo! Apesar do grande número de páginas, a
estória é muito bem contada e passa super rápido. É muito difícil parar a
leitura para fazer qualquer coisa.
Eu adorei a forma como a Veronica foi introduzindo os “mistérios”,
levando o leitor, lentamente, à parte final, onde tudo é revelado. Gostei das
personagens, acho que cada uma foi importante em uma hora certa. A Tris – pelo menos
nesse livro – valorizou seu título de personagem principal e Divergente.
A única coisa que eu não gostei – e o motivo pelo qual não
dei nota máxima para o livro – é o fato de a ação ter começado do nada. No final de um capítulo, o
pessoal tá dormindo. E no começo do outro, de
repente, a guerra começou. Eu nem pressenti que o momento estava chegando,
e acho que se ela tivesse colocado um pouquinho mais de “suspense” – na falta
de uma palavra melhor – antes da ação, teria sido melhor.
Mas no final, não adianta. Eu amei o livro; amei a escrita
da Veronica, as personagens, a sociedade que ela criou... Enfim, amei tudo! É
muito triste pensar que o terceiro e último livro da trilogia só será lançado
daqui mais ou menos um ano. Pra quem não leu, só deixo essa dica: por mais que
você esteja doido para terminar o livro, demore o máximo que puder –
principalmente se você não lê em inglês, já que “Insurgent” nem foi lançado no
Brasil ainda – ou pelo menos leia no seu tempo normal. Aí você aproveita mais a
narrativa, e não fica doido querendo que o 3º livro seja lançado! Hahaha.
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