quinta-feira, 19 de julho de 2012

Resenha + Promoção: A Filha da Minha Mãe e Eu

A Filha da Minha Mãe e Eu, por Maria Fernanda Guerreiro
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272
Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família, A filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre Helena e sua filha, Mariana. A história começa quando Mariana descobre que está grávida e se dá conta de que, antes de se tornar mãe, é preciso rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e, principalmente, perdoar a ambas. Inicia-se, então, uma revisão do passado – processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que contêm a história de cada um.

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Primeiro tenho que dizer que a sinopse revela totalmente sobre o que se trata o livro, sem deixar espaços para dúvidas, e eu não sei mais o que falar na resenha. Vou apenas detalhar o que já está explícito acima, então...

O livro começa quando Mariana descobre que está grávida. Ela, então, decide que para ser uma boa mãe, primeiro ela tem que ser uma boa filha. Então ela começa a narrar a sua vida, desde sua infância. Mariana tem uma família normal: irmão um ano mais velho, um pai e uma mãe. Mas o seu relacionamento com sua mãe nunca foi dos melhores. Helena – sua mãe – a culpava por coisas que ela nem sabia que fazia, às vezes a ignorava, não dava muito espaço para intimidades, e em suma, é uma pessoa fechada. Isso fez com que Mariana se afastasse da mãe e ficasse mais próxima do pai – o que acabou afastando ainda mais as duas, já que Helena se sentia excluída do relacionamento familiar.

“E foi assim, entre tantos desencontros, que eu descobri que existiam duas Marianas: a filha da minha mãe e eu.” (página 29).

Já na adolescência, após o divórcio dos pais, Mariana acabou morando sozinha com sua mãe. Mesmo após anos de um relacionamento não muito bom, ela decide se aproximar mais de sua mãe, e cada dia, cada semana é uma conquista. Elas passam a se conhecerem um pouco mais, passam a ter mais confiança uma na outra... Mas o relacionamento ainda não é perfeito, e é quando Mariana começa a ver que o maior dos problemas é que ela sempre quis uma mãe diferente; ela percebe que o que ela tem que fazer é enxergar a mãe que ela tem – junto com suas qualidades e defeitos. Helena pode não ser perfeita, mas essa é simplesmente sua personalidade... E sua filha tenta aceitar isso. Talvez sua relação melhore, ou talvez não. O tempo dirá.

O que dizer de “A Filha da Minha Mãe e Eu”? A leitura é rápida, porque a estória é cativante. O livro é bem narrado, assim como foi bem escrito. Eu adorei o tema – que foi muito bem abordado pela Maria Fernanda – e, apesar de não ter esse tipo de problema de relacionamento com meus pais, sei de várias pessoas que são assim: os pais são mais fechados, às vezes até conservadores, e o filho não sabe como agir, e acaba se afastando; isso gera um ciclo vicioso, em que nada é resolvido. E isso é muito triste.

“Sentir-me mãe me fez compreender que o tempo é limitado. Para todos. Sem prorrogação. Sem uma segunda chance. Se havia uma coisa que eu aprendera é que, se há algo a ser dito, a melhor hora é, na maioria das vezes, o agora. Deixar para depois só faz com que tudo pareça maior, sem, na verdade, ser.” (página 270).

Eu acho que um dos pontos fortes do livro – junto com o tema – são as personagens. Eu adorei cada personagem que aparecia, justamente porque a escritora fez questão de falar sobre seus defeitos e suas qualidades. Você vê que essas pessoas não são perfeitas, e que elas passam a ser mais felizes quando começam a enxergar que elas são assim e pronto; não há o que ser mudado. Não sei exatamente a mensagem que a Maria Fernanda quis passar, mas eu interpretei deste jeito: família é família. Cada um é humano, tem o direito de errar; e você sempre estará lá, apoiando aquela pessoa que errou, ajudando-a a se reerguer, sem julgá-la. Simplesmente porque você a ama.


“Mesmo sem conseguir ver seu rosto, pude sentir que, naquele instante, nascia na minha mãe o maior sorriso do mundo. Um sorriso que eu nunca veria, mas que eu tinha certeza que existia. Exatamente como seu amor por mim. E, o meu, por ela.” (página 272).

Gostei da leitura, como eu disse. O tema pode ser mais “pesado” – na falta de uma palavra maior – mas o livro não ficou denso nem chato, entediante ou qualquer outro adjetivo deste gênero. Achei até que ele passou muito rápido, e gostaria que tivesse um epílogo, para saber as quantas andava o relacionamento da Helena e da Mariana, anos depois – já com outra criança na família. Ah, outra coisa que eu adorei: as surpresas que a Maria Fernanda colocou no livro, e o que elas influenciaram na vida das personagens principais, e também no amadurecimento de sua relação. Mas estas surpresas, claro, eu não vou contar. Só saberá quem ler o livro, o qual eu indico muito.


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