O Entregador de
Bonecos, por Denis Lenzi
Editora: Bookess
Páginas: 295
Chegou a hora de acreditar em mim, quer você goste ou não.
E, quando tudo acontecer, não sinta medo. O que irá ver é real, e não fruto de
sua imaginação. "Eles" querem que você os leve para as crianças.
Saberá onde encontrá-las. Os bonecos vão lhe mostrar. Confie neles. São seus
amigos. Criei-os com todo amor, muito mais do que você pode imaginar. Se os
bonecos pedirem sua ajuda, não recuse. Compartilhe-a com eles." Depois do
estranho pedido feito por sua avó, pouco antes de morrer, David Forlin, agora
sozinho no mundo, se vê diante de uma importante missão. Custasse o que
custasse, cumpriria a promessa feita à avó: entregar os cinco últimos bonecos
criados por ela às crianças eleitas, que viviam em diferentes estados da América
do Norte. Nesta longa e obscura jornada de David, sempre acompanhado pelas
lembranças de sua vida e de seu grande amor, ele tem a oportunidade de, na
breve convivência com cada uma das crianças escolhidas para receber os bonecos,
emocionar-se com elas e aconselhá-las, chamando sua atenção para os verdadeiros
valores humanos e para o poder do amor, da fé, da esperança e do sonho. Uma
verdadeira lição de vida.
David é um homem gentil, carinhoso e com um bom coração, que
mora com a sua avó, igualmente bondosa, cujo lazer é criar bonecos. A senhora
diz, desde sempre, que os bonecos tem vida própria, e que são criados com muito
amor e carinho, para transmitir estes sentimentos às crianças às quais são
entregues. David, após crescer, passou a desacreditar neste ‘conto de fadas’ de
sua avó, por vezes achando que ela estava enlouquecendo, mas após um fatídico
dia em que ela deixa a terra e transmite-lhe seu poder e sua missão, a vida de
David dá uma reviravolta fantástica, e ele é obrigado a acreditar.
Acontece que, quando David estava trabalhando, este recebe a
notícia de que a sua casa foi invadida por um deliquente, que atirou em sua
avó. Ela, muito debilitada, não tem muitas chances de sobreviver, mas resiste
bravamente, até passar seu poder a David. Mas que poder? O de criar bonecos que
possuem vida própria, que ajudarão as crianças a contribuírem para um mundo
melhor.
Mesmo abalado, David aceita a missão que lhe foi designada:
entregar os últimos cinco bonecos que sua avó confeccionou, para cinco
crianças, em diferentes estados dos Estados Unidos. Parece simples, mas ele
passará por várias enrascadas, perigos, acidentes, e quase morrerá; ao mesmo
tempo, conhecerá e ajudará pessoas ótimas, que retribuirão o favor, ajudando-o
a descobrir quem realmente é.
Basicamente, é isto. Parece um livro parado ou sem muita
história, mas engana-se quem pensa assim. Há muita ação em “O Entregador de
Bonecos”, mas há, sobretudo, muito ensinamento. O Denis, desde a primeira
letra, transmitiu através de sua estória, sentimentos positivos, palavras
sábias e no geral, tudo de bom. Foi algo que eu gostei no livro, o jeito que o
autor abordou algumas situações, como o caminho pelo o qual a humanidade está indo,
a importância de manter a inocência das crianças, a aceitar o próximo, a não
julgar sem conhecer toda a história, enfim, tudo isso, através da estória de um
jovem indo de cidade em cidade atrás de crianças especiais, para dar-lhes
bonecos e ajudá-los a superar algo com o qual não conseguem lidar neste
momento.
Só dei quatro porquinhos por dois motivos: o primeiro, pelos
errinhos que encontrei durante a narração. Confesso que não foram tão freqüentes,
mas eles estavam lá, e apareceram bem, e isso me irritou em alguns momentos. E
o segundo foi a insistência do autor em Deus. Não sei se é porque não tenho
religião, mas o fato de o Denis sempre puxar o assunto para este lado me
irritou um pouco, também. Nada que se sobressaia às partes boas do livro, e
talvez seja algo só meu, mas enfim... Não gostei muito disto.
Ah, e esta capa... Como eu amei esta capa desde a primeira
vez que eu a vi. No 31º vídeo da coluna ‘Na Minha Caixa de Correio’, no qual eu
mostrei o livro, falei bastante sobre como tinha amado esta capa, e falei
também que se gostasse da estória, compraria o livro. É o que irei fazer, assim
que eu puder, rs.
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