segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Resenha: O Entregador de Bonecos

O Entregador de Bonecos, por Denis Lenzi
Editora: Bookess
Páginas: 295
Chegou a hora de acreditar em mim, quer você goste ou não. E, quando tudo acontecer, não sinta medo. O que irá ver é real, e não fruto de sua imaginação. "Eles" querem que você os leve para as crianças. Saberá onde encontrá-las. Os bonecos vão lhe mostrar. Confie neles. São seus amigos. Criei-os com todo amor, muito mais do que você pode imaginar. Se os bonecos pedirem sua ajuda, não recuse. Compartilhe-a com eles." Depois do estranho pedido feito por sua avó, pouco antes de morrer, David Forlin, agora sozinho no mundo, se vê diante de uma importante missão. Custasse o que custasse, cumpriria a promessa feita à avó: entregar os cinco últimos bonecos criados por ela às crianças eleitas, que viviam em diferentes estados da América do Norte. Nesta longa e obscura jornada de David, sempre acompanhado pelas lembranças de sua vida e de seu grande amor, ele tem a oportunidade de, na breve convivência com cada uma das crianças escolhidas para receber os bonecos, emocionar-se com elas e aconselhá-las, chamando sua atenção para os verdadeiros valores humanos e para o poder do amor, da fé, da esperança e do sonho. Uma verdadeira lição de vida.


David é um homem gentil, carinhoso e com um bom coração, que mora com a sua avó, igualmente bondosa, cujo lazer é criar bonecos. A senhora diz, desde sempre, que os bonecos tem vida própria, e que são criados com muito amor e carinho, para transmitir estes sentimentos às crianças às quais são entregues. David, após crescer, passou a desacreditar neste ‘conto de fadas’ de sua avó, por vezes achando que ela estava enlouquecendo, mas após um fatídico dia em que ela deixa a terra e transmite-lhe seu poder e sua missão, a vida de David dá uma reviravolta fantástica, e ele é obrigado a acreditar.

Acontece que, quando David estava trabalhando, este recebe a notícia de que a sua casa foi invadida por um deliquente, que atirou em sua avó. Ela, muito debilitada, não tem muitas chances de sobreviver, mas resiste bravamente, até passar seu poder a David. Mas que poder? O de criar bonecos que possuem vida própria, que ajudarão as crianças a contribuírem para um mundo melhor.

Mesmo abalado, David aceita a missão que lhe foi designada: entregar os últimos cinco bonecos que sua avó confeccionou, para cinco crianças, em diferentes estados dos Estados Unidos. Parece simples, mas ele passará por várias enrascadas, perigos, acidentes, e quase morrerá; ao mesmo tempo, conhecerá e ajudará pessoas ótimas, que retribuirão o favor, ajudando-o a descobrir quem realmente é.

Basicamente, é isto. Parece um livro parado ou sem muita história, mas engana-se quem pensa assim. Há muita ação em “O Entregador de Bonecos”, mas há, sobretudo, muito ensinamento. O Denis, desde a primeira letra, transmitiu através de sua estória, sentimentos positivos, palavras sábias e no geral, tudo de bom. Foi algo que eu gostei no livro, o jeito que o autor abordou algumas situações, como o caminho pelo o qual a humanidade está indo, a importância de manter a inocência das crianças, a aceitar o próximo, a não julgar sem conhecer toda a história, enfim, tudo isso, através da estória de um jovem indo de cidade em cidade atrás de crianças especiais, para dar-lhes bonecos e ajudá-los a superar algo com o qual não conseguem lidar neste momento.

Só dei quatro porquinhos por dois motivos: o primeiro, pelos errinhos que encontrei durante a narração. Confesso que não foram tão freqüentes, mas eles estavam lá, e apareceram bem, e isso me irritou em alguns momentos. E o segundo foi a insistência do autor em Deus. Não sei se é porque não tenho religião, mas o fato de o Denis sempre puxar o assunto para este lado me irritou um pouco, também. Nada que se sobressaia às partes boas do livro, e talvez seja algo só meu, mas enfim... Não gostei muito disto.

Ah, e esta capa... Como eu amei esta capa desde a primeira vez que eu a vi. No 31º vídeo da coluna ‘Na Minha Caixa de Correio’, no qual eu mostrei o livro, falei bastante sobre como tinha amado esta capa, e falei também que se gostasse da estória, compraria o livro. É o que irei fazer, assim que eu puder, rs.

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