segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Resenha: Irresistivelmente Fatal

Irresistivelmente Fatal, por Marcio Sheibler
Editora: Zum
Páginas: 168
Uma festa. Uma linda mulher. Sexo. E por fim, sangue. O jovem Leandro Biavatti pertencia a uma família rica e sempre estava acompanhado de belas mulheres. Evitava envolvimento sério com qualquer uma delas, pois sempre achava que estavam com ele apenas por interesse financeiro. Mas uma noite de êxtase na vida dele torna-se macabra, pois sua vida terminaria ali, em sua própria cama. Um crime misterioso, depravado e assustador. Seu melhor amigo, Rodrigo, aciona seu tio detetive, Otávio Medeiros, para tentar resolver esse caso enigmático. Ao longo da trama, acontecimentos e informações incríveis surgem e uma história fantástica vem à tona. Aliando erotismo e mistério, IRRESISTIVELMENTE FATAL relata sentimentos e atitudes muito presentes em nosso cotidiano, de um ponto de vista trágico e racional.


Leandro é um homem jovem e rico, “baladeiro” e também mulherengo. Na noite de sábado, saiu para uma festa. Domingo pela manhã Rodrigo, seu melhor amigo, liga para ele, que não atende ao telefone. É então que Rodrigo decide ir à casa de Leandro, e o que encontra lá o deixa apavorado: seu amigo morto na própria cama, esfaqueado no pescoço, e com um braço faltando.

Rodrigo aciona a polícia e chama o seu tio, que gosta de ser chamado de Medeiros, para ajudar com o caso, já que ele é um detetive aposentado. Os policiais procuram o braço de Leandro pela casa, mas não acham nada. Procuram também digitais, cabelos, mas nada do tipo é encontrado. Apenas uma mancha de batom na borda de um copo. Tudo dá a entender que Leandro foi assassinado por uma mulher, que fez sexo com ele antes de matá-lo.

Mas não é nem um pouco simples descobrir quem foi que matou Leandro. Rodrigo e Medeiros vão às boates que o então morto freqüentou no sábado à noite, falam com as mulheres para quem ele ligou e que ligaram para ele, mas tudo parece estar ficando mais confuso. Quando eles tem acesso às câmeras de vigilância do prédio, acharam que resolveriam o mistério, mas tudo torna-se pior ainda quando um pano com a inscrição ‘ninfas’ é posto em frente à câmera no momento que a assassina deixava o condomínio.

Após alguns dias, é divulgada na TV a notícia de que este mesmo tipo de assassinato foi praticado em outros três países. Na Holanda, a assassina vestia uma blusa laranja e uma saia preta, mesma roupa que a mulher que matou Leandro usava. E no Japão, o pano com o escrito ‘ninfas’ apareceu novamente. Então a mulher não estava agindo sozinha... Quem são as ‘ninfas’? E por que elas matam homens jovens e ricos, se não roubam nada deles, apenas suas vidas? Porque fazer sexo com as vítimas antes de matá-las? E é difícil todas essas informações começarem a se completar e fazer sentido. Difícil, mas não impossível.

“Irresistivelmente Fatal” é um livro, como posso dizer... Minúsculo. Ele é fino, com pouco mais de cento e cinqüenta páginas, e também é pequeno, do tamanho de um “pocket”. Ou seja, a leitura dele é extremamente rápida. Eu comecei o livro, parei pouco antes de página cem, depois voltei a lê-lo, e terminei “num piscar de olhos”, rs. Isso deve-se não só ao fato do livro ser pequeno, mas também pela narrativa ser envolvente. São tantos mistérios postos na estória, que o leitor só quer descobrir quem matou Leandro.

É um livro que não tem como você adivinhar quem é a assassina. Algumas personagens parecem mais suspeitas, outras são as que você pensa ‘essa não teria feito isso jamais’, e então, quando você descobre a verdade, é uma surpresa – parte dela, porque um pouquinho eu já sabia, sim, rs.

Não há muita diagramação no livro, e eu acho que, numa edição futura, isto deveria mudar. Não encher o livro de “frufrus”, mas a editora Zum poderia ter colocado alguns detalhes aqui e acolá, para melhorar o aspecto final. E confesso que também não gostei muito da capa. Ela é instigante, sim, pela silhueta feminina, a porta aberta para o quarto e tal, mas talvez ela pudesse ser um pouco diferente, revelando mais, e instigando o leitor à outros mistérios do livro.

Mas estas são questões visuais. Tiraram apenas meio ponto da nota final. Tratando-se da estória, eu a adorei, e não tenho reclamações. O Marcio Shceibler mandou muito bem, criou uma situação super legal, e os mistérios adicionados à trama foram muito bem pensados. Ah, e também adorei a história por trás das ‘ninfas’. Acho que descobrir isso, mais do que descobrir quem exatamente matou Leandro, era o que eu queria desde que a palavra foi mencionada pela primeira vez, rs. Enfim, eu indico o livro, mesmo que você esteja lendo outros livros no momento... A leitura é super rápida, você nem vê as páginas passando.


Nenhum comentário:

Postar um comentário