Becky Bloom #1
Editora: Record
Páginas: 428
Rebecca Bloom é uma jornalista especializada na área de
finanças e uma compradora compulsiva. Na realidade, ela nada entende de
economia, apesar de trabalhar no ramo, vive fugindo do gerente de banco e
inventa meios malucos de conseguir pagar seu cartão de crédito. Romance de
estreia de Sophie Kinsella.
Rebecca Bloom, mais conhecida como Becky, é uma consumista.
Ela deve dinheiro ao banco, aos cartões, à sua amiga... E mesmo assim não para
de comprar. Afinal, ela realmente precisa
de roupas, maquiagem e sapatos novos. E mesmo sendo uma jornalista financeira,
ela não faz a mínima ideia de como administrar seu dinheiro. Na verdade, ela nem liga para isso. Até que a situação
fica bem, bem complicada para o lado
dela.
Becky mora com Suze, sua melhor amiga. Faz algum tempo que
ela saiu de um relacionamento sério. Seus pais – e os vizinhos dos mesmos –
acham que ela é uma importante consultora financeira, ou algo do gênero. Luke
Brandon, um empresário importante, com QI bem alto e memória fotográfica, mexe
com o seu coração. Opa, o quê?
Quando Becky percebe que seu barco está afundando, que ela
está completamente endividada, não trabalha com algo que gosta, todos os seus
cartões foram cancelados e ela decepcionou sua melhor amiga, ela decide dar uma
pausa na vida e voltar – temporariamente – para a casa de seus pais. Chegando
lá, ela acaba recebendo a notícia que dá a ela a oportunidade de escrever um
ótimo artigo para um jornal de circulação nacional, estar na TV, receber
prestígio – e dinheiro –, resolver a sua vida financeira, e talvez até a
amorosa, por que não? Mas será que Becky, a compradora consumista obsessiva
conseguirá se livrar de seus vícios tão facilmente? Será que ela realmente
nasceu para trabalhar com finanças? Será que ela está realmente apaixonada por
Luke, ou só ficou atraída por seus ombros largos?
Este foi o primeiro livro que eu li da Sophie Kinsella.
Claro que já tinha ouvido falar nela, muita gente já leu seus livros e fala
muito bem sobre os mesmos; graças a isso, eu estava com expectativas altas.
Digamos que “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” não atingiu as minhas
expectativas, mas chegou bem perto.
Dizem que o livro é hilário. Ele é engraçado. E cheio de
emoções. Por muitas vezes eu fiquei frustrada, irritada, humilhada, triunfante,
feliz, orgulhosa... Tudo junto com a Becky. A personagem passa tanto pela fase
ruim quanto pela fase boa, no livro. Ela amadurece, e isso é muito bom. Ao
mesmo tempo, o leitor fica em dúvida: será que a Becky vai continuar sendo
responsável, ou voltará a ser uma compulsiva? Talvez o consumismo seja um traço
da sua personalidade, afinal.
Eu gostei muito do livro porque me fez pensar no que eu
faria no lugar da Becky. Óbvio que eu, com dezesseis anos de vida, nunca passei
pelo o que ela passou, então não posso dizer exatamente como eu agiria... Mas
hoje em dia é tão comum ver pessoas consumistas obsessivas, que nós até já nos
preparamos para sermos uma, também. Essa realidade na história é muito boa,
porque te faz sentir empatia – te joga bem no meio da narrativa, junto com a
Becky. Sem contar que a leitura é bem rápida, bem gostosa. Não há nada
complicado no livro – na verdade, é tudo bem
simples. E o final te deixa instigado a ler os outros livros da série, para
saber como a Rebecca irá se comportar diante de outras situações em sua vida.
Um ponto negativo, porém: a revisão da Record. Ou melhor,
talvez eu deva culpar simplesmente a tradução, pois não havia erros gramaticais
– não que eu tenha notado, pelo menos – mas sim algumas expressões que são
usadas em inglês e que não devem ser traduzidas literalmente para o português,
como eu vi que aconteceu algumas vezes no livro. Isso me deixou levemente
irritada, porque são coisas simples. Mas não estraga o livro, é claro.
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