Os Heróis do Olimpo #2
Editora: Intrínseca.
Páginas: 432.
Em “O Filho de Netuno”, Percy está confuso após acordar de
um longo sono e não sabe muito mais que o próprio nome. Mesmo quando a loba
Lupa lhe conta que ele é um semideus, sua mente continua nebulosa. De alguma
forma, Percy consegue chegar a um acampamento de meios-sangues, mas surpreendentemente
o lugar não o ajuda a recobrar qualquer lembrança. A única coisa que consegue
recordar é outro nome: Annabeth. (Skoob)
Percy Jackson foi raptado, passou meses desacordado,
recobrou a consciência, foi treinado pela loba Lupa e, finalmente, chegou ao
seu destino: o Acampamento Júpiter. O único – e grande – problema? Percy perdeu
sua memória. As únicas coisas que ele lembra são dois nomes: o seu e o de sua namorada,
Annabeth. E por mais que ele queira, o acampamento romano de semideuses não
parece fazer sua memória voltar, nem um pouquinho. Ele descobre que é filho de
Netuno, que tem monstros – que não morrem facilmente, e não permanecem muito
tempo mortos – atrás dele, e que Hera – ou Juno – lhe mandou em uma missão. Tá
bom, e?
Quando Ares – ou Marte, para os romanos – aparece no
Acampamento Júpiter e designa uma missão para Percy e Frank – sendo este, seu
filho, o líder – o semideus vê uma chance de recobrar sua memória, ao mesmo
tempo em que ele ajuda o seu mais novo amigo, e também todo o acampamento, que
terá que lidar com uma guerra contra gigantes, ciclopes, centauros e outras
criaturas, dali a apenas quatro dias. Nem um pouco de pressão, né? O problema é
que essa missão não será nem um pouco fácil: os três (Percy, Frank e Hazel,
filha de Plutão) tem que ir até o Alasca, terra fora do poder dos Deuses, achar
o gigante Alcioneu, matá-lo, retornar no pôr do sol do dia vinte e quatro, e
ajudar o Acampamento Júpiter a lutar contra os monstros. Moleza.
E enquanto isso, Percy começa a ter insights, relembrando fatos do passado, tentando conectar-se com
seus amigos, que estão a sua procura. À medida que o tempo vai passando e a
adrenalina corre nas veias do semideus, ele vai lembrando mais e mais coisas
que aconteceram com ele – e ele sabe que seus amigos estão vindo, e em breve
eles terão que lutar numa batalha muito maior do que a que ocorrerá dali quatro
dias.
"Ele se lembrava
de Tyson, seu irmão. Os dois tinham lutado juntos, comemorado vitórias,
compartilhado momentos felizes no Acampamento Meio-Sangue. Ele se lembrava de
seu lar, e isso lhe dava uma nova motivação para fazer tudo dar certo. Percy
lutava por dois acampamentos agora – duas famílias.” (Página 332).
“O Filho de Netuno” é o segundo volume da série Os Heróis do Olimpo, mas apesar de a tendência
ser melhorar, eu acho que “O Herói Perdido” é melhor. O começo de “O Filho de
Netuno” é meio maçante. Eu tive que me manter concentrada até chegar à parte em
que a ação realmente começa. A estória começou a deslanchar quando faltavam
umas cem páginas para acabar o livro. Aí a ação realmente começou, e eu me
empolguei bastante. Infelizmente, cem páginas depois, eu acabei de ler o livro,
e terei que esperar mais alguns meses para ler a continuação.
O Rick Riordan narra a história muito bem, mas a base para
todos os livros (sagas Percy Jackson e os
Olimpianos e Os Heróis do Olimpo) é a mesma: algo de ruim está
acontecendo, os heróis são mandados em uma missão que provavelmente vai
matá-los (e olha que eles só tem poucos dias para cumpri-la), eles passam por
vários perigos, sobrevivem, voltam, são heróis, reina a paz, até que algo de
ruim acontece novamente. É uma base boa, e por isso, também, os livros dele
fazem bastante sucesso. E o Rick tem esse dom de fazer com que os últimos
capítulos de seus livros sejam tão bons, que o leitor quer ser um mago e fazer
com que o próximo volume da série apareça em suas mãos no exato momento em que
termina de ler a última linha.
Senti muita pena do Percy e muita saudade da Annabeth, do
Grover e do Tyson. No próximo livro todos irão se reunir, e provavelmente vai
ser o melhor livro da série, pelo menos entre os três. Imaginem: Acampamento
Júpiter e Acampamento Meio-Sangue juntos! Mas apesar de o Percy Jackson aparecer
nesse livro, o foco não é só nele. Rick Riordan está nos apresentando novos
personagens, moldando novas personalidades... Novos heróis.
Eu já me acostumei com mitologia grega, as lendas dos
deuses, histórias e etc. Mas agora o leitor tem que se acostumar à mitologia
romana. Por um lado é um pouco confuso, porque as histórias da Grécia e de Roma
são muito parecidas, em certos pontos – e caramba, eu me confundo muito com os
nomes dos deuses. Mas por outro é muito legal, aprender um pouco mais de
história – sem sentir como se estivesse aprendendo – e ver como o Rick
conseguiu pegar fatos – histórias verdadeiras – e colocá-las em seu livro,
misturando-os com a ficção, com a saga Heróis do Olimpo.
A revisão ficou impecável. A capa é muito bonita, eu adorei;
acho que o tom de azul que mais me chamou a atenção. E enfim, agora é só
esperar para o próximo volume da série, traduzido livremente como “A Marca de
Atena”, que será lançado nos Estados Unidos em Outubro deste ano – ou seja, vai
demorar um tempinho para chegar aqui. Enquanto isso, os fãs podem se contentar
com sua outra saga, As Crônicas dos Kane,
que já tem dois volumes lançados: “A Pirâmide Vermelha” – resenha aqui – e “O
Trono de Fogo” – resenha aqui.
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