Jogos Vorazes #2
Editora: Rocco
Páginas: 413
Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen
e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre
em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que
uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito
12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram
fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal
apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menos do que a das ruas. Em
meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador
Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo
parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes
vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na
população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle,
mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.
Esta resenha pode conter spoilers do volume anterior, Jogos Vorazes.
Katniss pensou que, após vencer a septuagésima quarta edição
dos Jogos Vorazes, ela finalmente ficaria em paz. Claro, há o problema com
Peeta, que ficou chateado com ela após descobrir que o relacionamento deles era
fingimento – por parte dela – e Gale, seu amigo há anos, também não ficou muito
contente com o namoro dos dois. Mas pelo menos ela não estaria lutando pela
própria vida em um reality show
criado para entreter os cidadãos da Capital. Claro... Doce engano.
Na septuagésima quinta edição dos Jogos Vorazes, que
consiste com o terceiro Massacre Quartenário, o dobro de participantes são
chamados aos Jogos. Mas, para a perplexidade de todo mundo – até as habitantes
da Capital – os tributos do ano são os tributos que já participaram dos
Jogos... Os antigos vencedores. Para
mostrar que mesmo os que venceram não tem poder sobre a Capital. Katniss e
Peeta estão entre estes tributos, e terão que voltar à arena antes mesmo de
terem se acostumado a sua mais recente vida na Vila dos Vitoriosos.
Enquanto isso, a ação de Katniss durante a final da 74ª
edição dos Jogos Vorazes causou uma onda de excitação e esperança entre os
moradores dos Distritos, que acreditam ter mais força para vencer a Capital.
Levantes ocorrem nos Distritos 8 e 11, mas a situação não é tão boa. Os
pacificadores aparecem em montes, e os rebeldes não são poupados. Mas será que
a ideia de uma revolta é tão tola quanto algumas pessoas parecem pensar? Será
que o Distrito 13, há tantos anos extinto – e o motivo pelo qual existem os
Jogos Vorazes – ainda está na ativa, escondendo-se e preparando-se para a
revolução que está prestes a explodir? Em meio à confusão na cabeça de Katniss,
não sabendo lidar com os seus sentimentos e tentando proteger seus entes
queridos, a confusão nos Distritos é ainda pior – e parece que dessa vez não
será fácil para a Capital subjugar tantos rebeldes, não com a chama
que Katniss despertou nos moradores.
Surpreendente. Excitante. Incrível. Revoltante. Frustrante.
Há tantos adjetivos para descrever Em
Chamas que eu fico até desnorteada, não sabendo exatamente quais usar.
Quero já dizer que eu resumi bem a
estória, pois não queria me estender muito na resenha, como fiz com Jogos Vorazes. O fato é que, apesar de ter gostado muito do primeiro volume da trilogia, Em Chamas é tão bom, mas tão bom, que
superou completamente as minhas expectativas – que já eram altas. O livro tem
ação, tensão, drama, e até um pouco de romance e comédia. É incrível a
capacidade da Suzanne Collins para pensar em uma estória tão boa, e
desenvolvê-la com tanto louvor.
Neste volume da trilogia, o leitor lida com muito mais
personagens – eu cheguei a ficar confusa, porque não sabia quem era quem. As
personagens são cativantes, e sinceramente, eu não queria que ninguém morresse
– ninguém além do presidente Snow, que é um escroto. A estória agora ficou
muito mais cheia de ação, tem vários acontecimentos, e a narrativa é bem
rápida. Não tem um pouco no qual você consiga parar a leitura e pensar ‘ah,
tudo bem, depois eu volto’; o leitor fica compulsivo, querendo saber o que
acontecerá.
Os meus únicos pontos negativos vão para a revisão da Rocco,
que deixou um pouco a desejar nesta edição do livro. Não encontrei muitos erros
em Jogos Vorazes, pelo o que me
lembro, mas há alguns errinhos em “Em
Chamas” que poderiam ser evitados. Ah, mas pelo menos eles pararam de
chamar a Katniss de “Garota Quente”, e usaram o certo: “Garota em Chamas”. Eu,
que não resisto, já baixei um ebook
de “A Esperança”, próximo – e último – volume da trilogia, porque estou muito
curiosa para saber o que acontecerá. Ah, e eu sei que vocês ficarão muito
tentados a fazer isso, mas, por favor... Não leiam a última página. Não mesmo.
Estragará totalmente a estória toda. Concluindo, então, a resenha, eu digo:
leiam logo este livro, porque é bom
demais!
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