Publicação Independente
Páginas: 326
Lisa fora criada por sua família cercada de muita proteção e
carinho, mas isso não foi empecilho para que tomasse a decisão de sair de casa
e morar sozinha com sua amiga Vick num pequeno apartamento na grande cidade de
Toronto. Ela precisava amadurecer, criar sua própria identidade e correr os
riscos atrás de seus ideais. Tudo estava dando certo até encontrar Scoth, um
homem admirável e sedutor, porém cheio de atitudes e complexo demais. Mesmo
fugindo da atração física que sentia por ele, era impossível negar a força
desse sentimento, até porque trabalhavam juntos e sua relação profissional
prosperava cada vez mais. Lisa irá descobrir o outro lado do homem por quem se
apaixonara, porém terá que enfrentar um grande problema: ele não era livre para
amar. A relação afetiva e extremamente sensual lhes mostrará que são pessoas
especiais, que se completam e que o destino reservou-lhes uma surpresa.
"Senhora Liberdade" é uma lembrança de vida deixada à Meg,
como podemos perceber logo no primeiro parágrafo – já que há uma dedicatória. É
a história de Lisa Karen, uma mulher simples, que mudou de cidade em busca de
independência, e a conseguiu facilmente. E conseguiu também algo mais: uma
história de amor do tipo que inspira os leitores.
A narrativa começa em fevereiro de mil novecentos e vinte e
dois, em Toronto, Canadá. Lisa conta que, logo após ela se formar na faculdade –
em 1977 – ela começou a trabalhar em uma Empresa, chamada Raylite Cia de
Seguros. Lá ela cresceu tanto profissional quanto pessoalmente. E foi lá que
ela conheceu Scoth Daniels, seu amor – e seu chefe.
A princípio, Scoth lhe pareceu um homem frio, arrogante, que
não deixa ninguém se aproximar. E é esta a armadura que ele usa na empresa –
afinal, ele tem que demonstrar poder e autoridade. Mas após algum tempo de
convivência, Lisa Karen percebeu que seu chefe é, na verdade, um homem gentil,
simpático, e surpreendentemente humano. E foi quando ela se apaixonou por ele.
A paixão, aparentemente, é recíproca. Mas nada é tão fácil
assim, certo? Para começar, Scoth é seu chefe. E ele é noivo de Susan, filha do
ex-chefe dele, que é dono de uma Empresa muito conceituada. E Scoth não parece
querer se separar de Susan, apesar de ficar bem claro que a convivência entre
ambos não é boa.
Em uma viagem para Tóqui, a trabalho, eles acabam ficando
juntos. Mas após a volta à Toronto, Lisa percebe a realidade: ela seria a
outra; e isso não é o que ela quer para si. Afinal, uma mulher de vinte e
tantos anos tem que seguir seus princípios – caso contrário ela nunca conseguiria
perseguir suas metas e levar adiante os seus sonhos. Mas será que Scoth, após
esta viagem, perceberá o sentimento que tem por Lisa? Será que ele largará
Susan para viver o seu amor junto a Lisa Karen? Ou ele será covarde,
recusando-se a ser feliz apenas por causa de uma união entre empresas?
“Senhora Liberdade” é um livro bom. A história é muito boa.
E a narrativa é boa. Mas para por aí. Eu esperava um pouco mais, e
sinceramente, uma história totalmente diferente – sobre fadas, para falar a verdade;
essa capa me enganou, hahaha. Eu gostei sim da estória, achei super fofa,
aquelas estórias de filme romântico, mesmo. Onde há tudo para dar errado, mas
você só quer que dê certo. Mas o problema é que há, sim, pontos negativos. E
eles me incomodaram bastante.
A primeira coisa que me incomodou foi a revisão do livro –
ou falta de, eu não sei. Várias vezes eu encontrei pequenos errinhos. Esses
errinhos vão tirando um pouquinho da minha concentração e um pouquinho da minha
vontade de continuar lendo, sinceramente. E além dos erros, a repetição de
palavras e expressões também me irritou um pouco.
E agora, quanto à estória, a Lisa Karen é muito chata. Sabe,
não no geral. Mas muitas vezes, em relação ao Scoth, eu a achei tão fraca!
Porque quando eles estão juntos, ela começa a criar um monte de teorias – que não
tem nada a ver com a vida – e já as joga na cara dele, como se ela estivesse
certa. E outra coisa: quando ela diz para si mesma que nunca mais ficará com
ele, e logo em seguida fica. Ela faz isso várias vezes durante o livro, e sério,
eu já estava com vontade de bater nela. Então foi isso: essa falta de confiança
constante no Scoth, criando teorias sem sentido, e o fato de ela não decidir o
que quer.
Tirando o que eu citei nos dois parágrafos anteriores, a
leitura de “Senhora Liberdade” é muito gostosinha. O começo, na verdade, é um
pouco lento, mas após mais ou menos cem páginas você se acostuma à narrativa,
já se interessa pela estória, e fica torcendo para o casal principal ficar
junto logo. Gostei da situação que a Márcia criou, e principalmente, como ela
explicou o interesse do Scoth pela Lisa. O título é explicado no livro, e foi
muito bem colocado. E é bem legal descobrir quem é a Meg. Ah, e a capa é muito bonita, adorei esse tom amarelado.
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