segunda-feira, 30 de abril de 2012

Resenha: Senhora Liberdade

Senhora Liberdade, por Márcia A. Canivello
Publicação Independente
Páginas: 326

Lisa fora criada por sua família cercada de muita proteção e carinho, mas isso não foi empecilho para que tomasse a decisão de sair de casa e morar sozinha com sua amiga Vick num pequeno apartamento na grande cidade de Toronto. Ela precisava amadurecer, criar sua própria identidade e correr os riscos atrás de seus ideais. Tudo estava dando certo até encontrar Scoth, um homem admirável e sedutor, porém cheio de atitudes e complexo demais. Mesmo fugindo da atração física que sentia por ele, era impossível negar a força desse sentimento, até porque trabalhavam juntos e sua relação profissional prosperava cada vez mais. Lisa irá descobrir o outro lado do homem por quem se apaixonara, porém terá que enfrentar um grande problema: ele não era livre para amar. A relação afetiva e extremamente sensual lhes mostrará que são pessoas especiais, que se completam e que o destino reservou-lhes uma surpresa.


"Senhora Liberdade" é uma lembrança de vida deixada à Meg, como podemos perceber logo no primeiro parágrafo – já que há uma dedicatória. É a história de Lisa Karen, uma mulher simples, que mudou de cidade em busca de independência, e a conseguiu facilmente. E conseguiu também algo mais: uma história de amor do tipo que inspira os leitores.

A narrativa começa em fevereiro de mil novecentos e vinte e dois, em Toronto, Canadá. Lisa conta que, logo após ela se formar na faculdade – em 1977 – ela começou a trabalhar em uma Empresa, chamada Raylite Cia de Seguros. Lá ela cresceu tanto profissional quanto pessoalmente. E foi lá que ela conheceu Scoth Daniels, seu amor – e seu chefe.

A princípio, Scoth lhe pareceu um homem frio, arrogante, que não deixa ninguém se aproximar. E é esta a armadura que ele usa na empresa – afinal, ele tem que demonstrar poder e autoridade. Mas após algum tempo de convivência, Lisa Karen percebeu que seu chefe é, na verdade, um homem gentil, simpático, e surpreendentemente humano. E foi quando ela se apaixonou por ele.

A paixão, aparentemente, é recíproca. Mas nada é tão fácil assim, certo? Para começar, Scoth é seu chefe. E ele é noivo de Susan, filha do ex-chefe dele, que é dono de uma Empresa muito conceituada. E Scoth não parece querer se separar de Susan, apesar de ficar bem claro que a convivência entre ambos não é boa.

Em uma viagem para Tóqui, a trabalho, eles acabam ficando juntos. Mas após a volta à Toronto, Lisa percebe a realidade: ela seria a outra; e isso não é o que ela quer para si. Afinal, uma mulher de vinte e tantos anos tem que seguir seus princípios – caso contrário ela nunca conseguiria perseguir suas metas e levar adiante os seus sonhos. Mas será que Scoth, após esta viagem, perceberá o sentimento que tem por Lisa? Será que ele largará Susan para viver o seu amor junto a Lisa Karen? Ou ele será covarde, recusando-se a ser feliz apenas por causa de uma união entre empresas?

“Senhora Liberdade” é um livro bom. A história é muito boa. E a narrativa é boa. Mas para por aí. Eu esperava um pouco mais, e sinceramente, uma história totalmente diferente – sobre fadas, para falar a verdade; essa capa me enganou, hahaha. Eu gostei sim da estória, achei super fofa, aquelas estórias de filme romântico, mesmo. Onde há tudo para dar errado, mas você só quer que dê certo. Mas o problema é que há, sim, pontos negativos. E eles me incomodaram bastante.

A primeira coisa que me incomodou foi a revisão do livro – ou falta de, eu não sei. Várias vezes eu encontrei pequenos errinhos. Esses errinhos vão tirando um pouquinho da minha concentração e um pouquinho da minha vontade de continuar lendo, sinceramente. E além dos erros, a repetição de palavras e expressões também me irritou um pouco.

E agora, quanto à estória, a Lisa Karen é muito chata. Sabe, não no geral. Mas muitas vezes, em relação ao Scoth, eu a achei tão fraca! Porque quando eles estão juntos, ela começa a criar um monte de teorias – que não tem nada a ver com a vida – e já as joga na cara dele, como se ela estivesse certa. E outra coisa: quando ela diz para si mesma que nunca mais ficará com ele, e logo em seguida fica. Ela faz isso várias vezes durante o livro, e sério, eu já estava com vontade de bater nela. Então foi isso: essa falta de confiança constante no Scoth, criando teorias sem sentido, e o fato de ela não decidir o que quer.

Tirando o que eu citei nos dois parágrafos anteriores, a leitura de “Senhora Liberdade” é muito gostosinha. O começo, na verdade, é um pouco lento, mas após mais ou menos cem páginas você se acostuma à narrativa, já se interessa pela estória, e fica torcendo para o casal principal ficar junto logo. Gostei da situação que a Márcia criou, e principalmente, como ela explicou o interesse do Scoth pela Lisa. O título é explicado no livro, e foi muito bem colocado. E é bem legal descobrir quem é a Meg. Ah, e a capa é muito bonita, adorei esse tom amarelado.

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