quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Resenha: Um Dia

Vinte anos, duas pessoas, um dia.

Um Dia, por David Nicholls
Editora: Intrínseca
Páginas: 416
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.


Emma e Dexter se conheceram na faculdade, em 1988. Mais precisamente, após a formatura. Eles passam a noite juntos, e o começo do dia seguinte, 15 de Julho, também. Emma chega a conhecer os pais de Dex! E então, cada um segue o seu caminho. Mas eles sempre se encontram no dia 15, durante os anos seguintes.

Nos próximos encontros, dá pra perceber um contraste bem grande entre as vidas dos dois. Enquanto Dez faz viagens pela Europa, conhecendo e saindo com várias pessoas diferentes, e se torna um apresentador de TV famoso, Em muda de cidade em busca de seus sonhos, porém acaba trabalhando como garçonete em um restaurante mexicano, por anos, e descobre-se presa em um relacionamento sem futuro nem amor – pela parte dela – com Ian, seu colega de serviço.

Porém o contraste vai mudando, quando Dexter vê a sua mãe definhando, vítima de câncer; seu programa de TV – e sua carreira de apresentador, pra falar a verdade – afundando, o seu relacionamento com a colega de serviço – também apresentadora – indo para o ralo, enquanto Emma vai escrevendo seus romances, conhece pessoas novas, muda o visual, termina com Ian e tem seu livro publicado. Mas então há uma reviravolta, novamente, quando Dex conhece sua noiva (perdoem-me, eu esqueci o nome dela), e vê-se feliz novamente, amando, esperando ansiosamente pelo dia do seu casamento. Mas os sentimentos se confundem, Em e Dex estão cada vez mais distantes, e cabe ao Dexter, na verdade, tentar uma aproximação.

Nossa, acontece tanta coisa nesse livro, e eu não tinha me dado conta disto até ter que escrever esta resenha, rs. É só que, faz tempo que eu li, e não me lembro de alguns detalhes (como o nome da noiva do Dexter), então me desculpem, rs. Agora, vejamos... O que eu mais gostei em “Um Dia”? Com certeza, o crescimento das personagens. Tanto Em quanto Dex mostram uma evolução muito grande ao longo dos anos. Ambos passaram pelo fundo do poço, e ergueram-se de lá.

Eu gosto da narrativa do David, em momento algum achei o livro cansativo. E gostei das personagens, também. Vi em algumas resenhas no Skoob que várias pessoas se irritaram com o egoísmo do Dexter, e com a mania de ser sabe-tudo da Emma, mas eu acho que essas características que fazem com que as personagens sejam tão convincentes; e também, são as mais importantes para as suas evoluções futuras, como eu citei no parágrafo acima.

“Um Dia” não se foca apenas no romance, como muitos pensam. Ele se foca nos sentimentos, em geral. Não é um livro daqueles que você fica pensando dias e dias sobre o assunto; é um livro para você apreciar a estória, naquele momento. Pra você sentir-se feliz ou triste com o rumo para o qual o livro está caminhando. Resumindo, é um livro de momentos.

Eu não dei 10 porque fiquei triste com o final – apesar de até achá-lo necessário, principalmente para o final do Dexter. Não queria que tivessem acontecido algumas coisas, e acho que seria melhor se tivesse terminado com um lindo e clichê ‘e eles viveram felizes para sempre’. Mesmo assim, indico o livro para pessoas de qualquer idade e sexo. A estória é linda, capaz de encantar qualquer um.

E não deixe de conferir também o trailer do filme, baseado na obra de Nicholls, sobre o qual eu já falei na Sessão Pipoca #14.



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