Horizontes #2
Editora: Alcantis
Páginas: 184
Ana Clara continua às voltas com suas visões de
assassinatos, mas desta vez o protagonista de seus tormentos é um homem
elegante e envolvente chamado Eduardo, que lhe foi apresentado por sua melhor
amiga, Clarisse. Depois de muito tempo com o coração endurecido e mergulhado em
solidão, sente-se tocada pelo jeito especial de Eduardo, o que lhe deixa ainda
mais angustiada pela certeza do perigo. Incapaz de imaginar que o assassino de
seus pais está tão próximo, o perigo continua rondando a si e aos seus amigos,
em uma espécie de sinistro ensaio para a morte.
Depois de todo o estresse da situação envolvendo Clarisse e
Miguel, o policial que era seu amigo, mas acabou tentando estuprar sua amiga,
Ana Clara só quer saber de descanso e, de preferência, nunca mais quer que o
seu dom – pra ela, uma maldição – se manifeste. O que, claro, não acontece.
Quando ela é apresentada a Eduardo, um amigo de Wagner –
também policial, mas confiável – Clara tem uma visão bem ruim, mas não consegue
concluí-la, porque o contato entre os dois foi interrompido. Mas além dessa
sensação ruim, Ana Clara sentiu também uma sensação boa – ótima, na verdade.
Estaria ela... Amando novamente? Após tantos anos sem abrir o coração para
homem nenhum?
E o algoz de Clara, Zaconi – que matou seus pais quando ela
ainda era uma criança – não se esqueceu de sua vingança, mas está numa situação
péssima – sem dinheiro, sem moradia e sem mortes para executar. Só que sua
situação muda quando seu amigo policial, Gomez, lhe apresenta dois “casos”:
matar uma mulher que trabalha na Clínica Veterinária, e matar Eduardo, um
detetive da inteligência federal, que está atrás de um político. Será que ele
vai cumprir suas duas missões?
“Vocação” é o segundo volume da trilogia Horizontes, e em
minha opinião, é melhor que “Revelações”, primeiro volume da trilogia. Na
verdade, eu me surpreendi, porque há muito mais mistérios e reviravoltas neste
livro do que no volume anterior. E as vidas das personagens estão muito mais
interligadas, também. Já não dá mais pra saber quem é bom, quem é mal, se
alguém vai morrer ou não... É puramente suspense.
O Roberto Laaf tem uma escrita boa, sem linguagem difícil, e
com narrativa leve, rápida e direta. Não há muita enrolação – o que fica bem
perceptível, pela pouca quantidade de páginas – mas ele escreve o suficiente
para passar a mensagem que quer. Eu gostei do final, achei bem digno, e uma boa
chamada para o próximo volume da série, “Processo Seletivo” – que eu espero ter
em mãos o mais rápido possível, haha.
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