Editora: Baldon
Páginas: 231
Verão, férias, sol, paixão, festas, lual, amores... Angra
dos Reis... Uma jovem bela e rica passa as férias na casa dos avôs em Angra na
Praia de Provetá. Um jovem surfista morador da última aldeia de pescadores da
região dá aulas de surf para as crianças. Um encontro, um romance num cenário
maravilhoso com banhos de mar, passeios, e belas paisagens. De repente, uma dor
de estômago, e o jovem está com câncer. Médicos, enfermeiros, hospital
especializado, doutores da alegria; todos envolvidos na luta contra essa
enfermidade, numa atitude de solidariedade, amor, e, sobretudo, na busca da
cura através do diagnóstico precoce. O livro é um romance na adolescência, no
qual é abordada a Neoplasia (câncer), protagonizado pelos personagens João
Carlos e Maria Paula, que juntos terão a vida marcada para sempre pelas férias
daquele verão.
João Carlos – ou JC, como é mais conhecido – é natural de
Angra dos Reis. Nasceu ali, cresceu ali e pretende viver ali pelo resto de sua
vida. Já Maria Paula mora em São Paulo, mas seus pais decidem fazer uma viagem
para Angra, onde há a casa do seu avô, que passou a morar lá após a morte de
sua amada esposa.
Maria Paula convida sua amiga, Bárbara, e elas, junto com
sua mãe, vão ao encontro do seu avô e de Matheus, seu irmão. Logo que chega lá
Maria só pensa em acordar tarde, ir ao shopping – que não fica muito próximo –
e relaxar, mas não no sol. Mas após alguns dias, ela cede ao encanto da bela
praia, que a conquista. E dos belos garotos, também.
Quando João Carlos e Maria Paula se conhecem, a atração é
instantânea – e mútua. O garoto estava tentando impressioná-la, mas sentiu uma
dor no estômago muito forte – ou seja, pagou mico. Mas esta não é a primeira
vez que JC sente uma dor destas, e elas tem se tornado mais constantes, o que
começa a preocupar aos seus amigos e à sua família.
Certo dia, durante a madrugada, JC tem um ataque e é levado
rapidamente ao hospital. Após alguns exames iniciais, a médica responsável tem
uma dúvida e o encaminha a um hospital no Rio de Janeiro, onde as suposições
são confirmadas: João Carlos tem câncer.
Uma das primeiras coisas que o garoto faz, ao saber da
notícia, é terminar seu namoro – iniciado há pouco tempo – com Maria Paula,
pois não queria que a garota se sentisse presa a ele e a sua doença. Mas após a
cirurgia de remoção do tumor, e algumas semanas de recuperação – em que ele viu
o estado de outros pacientes, alguns melhores, outros a beira da morte – JC percebe
que o apoio de Maria Paula, dos familiares e dos amigos é uma das coisas mais
importantes para a sua recuperação – e para a recuperação de qualquer doente.
Não há muito que explicar, apenas que “Um Amor, Um Verão e o
Milagre da Vida...” é um livro lindo, tocante e, principalmente, real. O
projeto é maravilhoso: a história de um casal de adolescentes que se conhecem,
ele tem câncer, o suporte que ela lhe dá. E isso é muito bem narrado durante o
livro. Mesmo assim, não consegui sentir cem por cento essa conexão com a
história – que eu pensei que ia sentir instantaneamente, tenho que confessar.
É claro que o livro é bom. Eu adorei a ordem dos fatos, como
eles foram contados, as informações obtidas, e principalmente o final, que é
lindo. Só que não foi nota dez. Faltou algo, e eu não posso dizer exatamente o
quê, porque eu sinceramente não sei. Esperei alguns dias para escrever esta resenha,
tentando encontrar um motivo, e ele me foge à mente.
A Isa usou vários termos técnicos durante a narrativa,
tentando explicar mais sobre o câncer, suas causas, formas de tratamento e
sentimentos dos pacientes e seus familiares. E antes do casal principal se
conhecer, ela foi explicando, aos poucos, a situação de cada um – nos apresentando
a eles, a suas famílias, seu modo de vida, até que passamos a conhecê-los o
suficiente para aproveitar a sua história. Eu recomendo “Um Amor, Um Verão e o
Milagre da Vida...”, por ser, principalmente, um livro muito tocante. Vale a
pena separar algumas horas para dar uma chance a esta obra.
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