Clube das Mulheres
Contra o Crime #4
Editora: Arqueiro
Páginas: 207
Lindsay Boxer é uma policial exemplar. Chefe do Departamento
de Homicídios da Polícia de São Francisco, a tenente recebeu várias medalhas e
menções honrosas durante seus 10 anos de serviço. Ao fim de um cansativo dia de
trabalho, Lindsay se encontra com Claire Washburn e Cindy Thomas num bar. As
três amigas compõem o Clube das Mulheres contra o Crime, grupo que tenta
solucionar os casos ocorridos na cidade. Após alguns drinques, a tenente recebe
uma ligação do inspetor Warren Jacobi. Ele acaba de localizar um veículo suspeito,
visto na cena de um crime. Em poucos minutos Lindsay está no carro de Jacobi,
cruzando a cidade na cola de um Mercedes preto. Depois de uma longa
perseguição, a abordagem policial acaba fugindo do controle. Os dois
adolescentes que estavam no carro reagem, descarregando suas armas contra a
dupla de policiais. A tenente atira em legítima defesa, mas o resultado é uma
menina morta e um garoto tetraplégico. Lindsay é acusada, entre outras coisas,
de má conduta profissional e se vê num lugar que nunca imaginaria ocupar: o
banco dos réus. Será o fim do Clube das Mulheres contra o Crime? A jovem
advogada Yuki Castellano conseguirá provar a inocência da tenente? Enquanto
aguarda o julgamento, Lindsay decide passar uma temporada em Half Moon Bay. Mas
a pacata cidade vem sendo palco de crimes brutais e a polícia parece não fazer
nada. Mesmo de licença e fora de sua jurisdição, a tenente resolve investigar
os assassinatos, com a ajuda de Claire e Cindy. Para sua surpresa, ela encontra
ligações entre aquelas mortes e um caso ocorrido 10 anos antes, que ainda é uma
mancha em sua carreira.
Lindsay Boxer, como a sinopse diz, é uma policial exemplar.
Quase sempre soluciona os crimes, tem boa conduta, é bem quista pelos
parceiros... Até o dia dez de maio. Mesmo após seu expediente ter sido
encerrado (e ela ter tomado duas margueritas), quando seu ex-parceiro, Warren,
liga para ela e diz que tem uma pista sobre o último homicídio que estão
investigando (e que praticamente tornou-se algo pessoal para a tenente), ela não
hesita em acompanhá-lo na busca pelo suspeito principal do crime.
O carro, que está num bairro pobre e bem suspeito, logo é
conduzido por dois adolescentes, que saem cantando
pneus, tentando despistas os policiais. Após uma breve perseguição, um
acidente acontece, e quando Lindsay e Warren tentam ajudar os adolescentes, um
deles saca uma arma, e é quando a tenente atira em legítima defesa. O que pode
ter sido o pior erro de sua carreira – apesar de que, se ela não o tivesse
feito, provavelmente estaria morta, e seu companheiro também.
Quando o pai dos adolescentes, Andrew Cabot, abre um
processo contra Lindsay, acusando-a de má conduta policial, pela morta de Sara
e a paralisia de Sam (seus filhos), tudo que a policial pode fazer é tentar se
defender, fazer o melhor que pode para ficar longe da mídia, e esperar pelo
julgamento. E é tentando ficar longe da mídia que ela vai parar em Half Moon
Bay, onde sua irmã mora. E onde estão acontecendo assassinatos misteriosos,
cujos corpos das vítimas são assinados do mesmo jeito que um dos primeiros
casos dos quais Lindsay foi encarregada no início de sua carreira – o do
“Anônimo 24”, nunca resolvido, e que é uma ferida
aberta até os dias atuais.
Talvez eu tenha me estendido demais tentando explicar a
estória, e me desculpem por isso, mas eu simplesmente não sabia por onde
começar. O livro, para resumir, é muito bom, cheio de acontecimentos,
mistérios, reviravoltas, momentos tensos e dúvidas – e eu não consegui explicar
como é ler tudo isso, haha.
James Patterson escreve muito bem. Já me tornei fã. E por
mais que “4 de Julho” seja o quarto de uma série, isto não atrapalhou em nada o
desenvolvimento da estória. Pelo o que eu entendi, lendo as sinopses dos
volumes anteriores, apenas as personagens são as mesmas, pois as estórias dos
livros não são contínuas – apenas alguns fatos aqui e acolá, que já haviam sido
explicados nos outros livros da série. Bom, como eu falei, isto não me
atrapalhou, em momento algum. Eu adorei a narrativa, que prende completamente o
leitor; sem contar os mistérios introduzidos na estória – eu me enganava
constantemente, tentando entender quem estava matando os casais em Half Moon
Bay.
O livro é narrado em primeira e terceira pessoa. Quando
narrado em primeira pessoa, a voz é de Lindsay (na maioria das vezes). Mas
alguns poucos capítulos contam o que os assassinos (sim, eles mesmos) estão
fazendo, e são narrados em terceira pessoa. Fiquei muito surpresa com a
revelação dos autores dos crimes, não esperava, em momento algum, por isso. É
muita criatividade do James e da Maxine, co-autora apenas dos dois últimos
volumes da série.
“4 de Julho” é um livro que com certeza vale a pena ser lido. Eu já estou querendo o quinto
volume da série, também lançado pela Arqueiro, e vou solicitar o quanto antes.
E comprarei, assim que possível, os três primeiros volumes, lançados pela
Rocco. E se vocês, leitores, tiverem oportunidade de ler este livro, não a
deixem passar! Estou avisando! Haha.
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