Revelações, por
Roberto Laaf
Horizontes #1
Editora: Alcantis
Páginas: 163
Ana Clara possui um raro dom de premonição que lhe permite
saber quando uma pessoa tem a vida ameaçada, bastando o mínimo de contato
físico com ela para que terríveis visões de assassinato fervilhem em sua mente. Depois de adormecido por vários anos, o dom de Ana Clara
ressurge de forma inesperada, trazendo-lhe visões apavorantes com sua melhor
amiga sendo brutalmente assassinada. Sua angústia é saber que, em todas as vezes que seu dom se manifestou, as
pessoas em suas visões morreram. E, agora, ela deseja desesperadamente evitar o
assassinato de sua amiga.
Ana Clara é uma veterinária que trabalha numa clínica bem
conceituada no Rio de Janeiro. Ela é uma pessoa reservada, calma e geralmente
fechada, que não participa das festinhas e “saideiras” organizadas pelos
colegas de trabalho. Mas Ana Clara tem um motivo para ser tão fechada – há dez
anos, ela foi a testemunha do assassinato da sua mãe, em sua própria casa. Isso
deixaria qualquer um traumatizado pelo resto da vida, né?
Mas há muito mais do que isso por trás do passado de Ana;
ela possui um dom, de sentir quando a morte de alguém está perto de acontecer,
apenas pelo ínfimo contato com a pessoa em questão. Desde a morte de sua mãe,
Ana Clara nunca mais tinha pressentido a morte de ninguém – até que, em uma noite
normal de trabalho, Ana toca em sua melhor amiga, Camila, e tem uma visão da
mesma, ensanguentada, pedindo por ajuda. É onde o pesadelo da protagonista
começa.
Acontece que Ana Clara não viu sua mãe sendo assassinada. Ela teve uma visão disto. Ela só viu
o assassino saindo do quarto de sua mãe, e então a polícia foi chamada, e o
homem foi preso. Dez anos depois, ele quer vingança contra a única pessoa que
atrapalhou o seu plano, e o seu modo de vida – sendo um assassino de aluguel,
silencioso e profissional, que ganha bastante dinheiro com cada vida que tira.
O problema em tudo isso é que Zaconi, o assassino, está atrás da mulher errada.
“Revelações” é um livro muito bom, cheio de reviravoltas, em
que não se pode confiar em nenhum personagem, e não dá para ter ideia do que
acontecerá na próxima página. Confesso que não foi tudo o que eu esperava, mas
acho que foi mais pelas expectativas altas que eu tinha, não por algum problema
no livro, mesmo. Eu gostei desse clima de suspense que o Roberto criou, em que
não sabemos o que os personagens farão, se alguém será morto, se haverão mais
mistérios e etc.
Apesar de a base para o segundo volume da trilogia,
intitulado “Vocação”, não ter sido tão boa – acho que o Roberto não deixou
tantos mistérios quanto eu gostaria, para serem desvendados no próximo livro –
eu estou querendo lê-lo, porque teve uma pessoa que escapou, e quero saber o
que acontecerá com ele. Portanto: onde foi parar “Vocação”, que não está em
minhas mãos ainda? Haha. E para finalizar: ponto para as capas - tanto de "Revelações" quanto de "Vocação" -, que são lindas!
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