sexta-feira, 29 de julho de 2011

Resenha: Para Sempre Ana

Para Sempre Ana, por Sérgio Carmach
Editora: Caravansarai
Páginas: 335
ISBN: 978-85-89862-51-6
Preço: R$39,90 (Livraria Saraiva)
Nota: 5/5
Na mística Três Luzes, o leitor percorre inicialmente três momentos afastados no tempo, onde três homens, de três gerações da família Rigotti, experimentam situações-limite pela influência de uma mesma mulher: Ana. A partir daí, a narrativa o leva a uma instigante viagem, nem sempre linear, entre meados do século XX e o início do XXI, na qual os dramas, o passado, o verdadeiro caráter e os segredos de cada personagem são pouco a pouco desnudados. A trama é conduzida pela busca de Ana e pela busca por Ana, forasteira misteriosa que abala os triluzianos e cuja trajetória se funde à dos demais em uma história carregada de luzes e sombras. A busca de Ana arrebata as emoções; a busca por Ana arrebata os sentidos. E ambas surpreendem. Sempre que tudo parece esclarecido, detalhes antes considerados sem importância provocam uma reviravolta geral na história. Até o último capítulo. Descubra se os mais atordoantes segredos de Três Luzes estão mesmo nos céus ou no fundo da alma de seus moradores. (Fonte)

Recebi Para Sempre Ana do próprio autor, Sérgio Carmach, para resenha. Infelizmente, não poderei ficar com o livro, porque o escritor não tem exemplares suficientes para todos os blogueiros parceiros. De qualquer jeito, já valeu muito à pena só ter lido essa história maravilhosa.

O livro conta a história de Ana, uma mulher que já aparece bem no começo da história, com uma revelação bombante, que choca os habitantes de Três Luzes, principalmente a família Rigotti. Depois dessa revelação, a vida de Carlos, herdeiro da família, muda completamente, e pra pior. Ele, obviamente, culpa Ana por todo o seu sofrimento.

É fato que Ana, como é explicado na sinopse, mexe com três gerações de homens da família Rigotti. Com Nestor, o “patriarca”, com Carlos, seu filho, e com Caio, que nós já conhecemos no primeiro capítulo, que se passa no ano de 2011. Aliás, todos os capítulos começam com uma data, explicando em que ano se passa a narração. Em sua maioria, são 2011, os anos 90, e os anos 60 aos 80, quando é contada a história de Ana.

Eu sinceramente nem sei como escrever essa resenha direito, porque parece que qualquer informação que eu queira dar sobre a história será um spoiler, rs. São várias revelações durante o livro, e cada uma dá uma reviravolta maior na vida dos protagonistas. Ana é uma personagem que muda completamente, devido à sua evolução como pessoa. Nunca senti antipatia por ela, mas já desconfiava que as coisas não fossem bem como ela explicava. A Cris, namorada de Carlos na época que Ana apareceu, já é uma personagem que nunca me cativou.

- Esqueça os padres. Estou chamando você somente para orar.
- Também não gosto de Deus. Aliás, nem sei se acredito em uma divindade.
- Não diga isso, meu filho. É Ele quem nos ampara nas hora difíceis.
- E quem cria as horas difíceis?
- Muitas vezes, esses momentos nos fazem crescer.
- Precisamos sofrer para crescer? (Pg 36)

E o engraçado (e legal) é que sei que muitas pessoas que leram o livro, terão opinião diferente da minha, gostando mais da Cris e tal. Tem também o padre Motta, que é um personagem que parece ser apenas figurante, mas que contribui muito para a história. Dona Gertrudes, avó de Cris, também esconde vários segredos, mas que não são tão importantes. E mais, a personagem que mais gostei: Cláudia, a irmã mais nova de Cris, que ajudou muito o Carlos quanto à Ana e a revelação que ela fez.

Enfim, são muitos personagens que se revelam importantes durante a história, cada um com a sua participação na vida de Carlos e Ana – e também na do Caio, claro. O Sérgio construiu muito bem a história, ainda mais intercalando as datas. Então, às vezes estávamos nos dias atuais, com Caio procurando sua mãe. Às vezes, nos anos sessenta, conhecendo a Ana pequena. E, na maioria do tempo, nos anos noventa, acompanhando a evolução da família Rigotti, em se tornar uma família unida e feliz.

Gostei muito do livro, e recomendo-o demais. A sinpse nos faz pensar num romance, e Para Sempre Ana realmente o é, mas é também um livro cheio de mistérios, ensinamentos e personagens cativantes e bem construídos, para quem torcemos bastante durante o desenrolar da história. Parabéns, Sérgio. Seu livro é muito bom, rs.

xoxo

5 comentários:

  1. Que bacana, não conhecia esse livro!! Parece um livro com narrativa mais antiga, pelo menos a época parece ser mais antiga né? Mas por enquanto não é um tipo de leitura que iria me agradar... Acho que pra todo livro tem o momento certo né? Tem que rolar aquele "feeling" hehehe!!

    Beijos e parabéns pela resenha flor!
    xoxo

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  2. Adorei a resenha!! Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas parece bem interessante.
    Não entendi MUITO o que o livro quer passar, mas entendo que poderia ser spoiler e tal. Vou ver mais umas resenhas e quem sabe eu acabe comprando!

    Beijoss
    Thaís - Berchim e etc

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  3. Nem sabia que esse livro existia antes de vê-lo aqui, mas gostei da sua resenha.
    Mesmo assim acho que esse não é bem o meu estilo de livro, então acho que dificilmente vou ler, mas talvez eu mude de ideia quando ver o livro de perto.

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  4. Muito bacana sua resenha, Samantha. Achei interessante o trecho que você destacou. Você teve um motivo especial para fazer essa escolha?

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  5. Samantha!
    Resenha bem feita e com detalhes interessantes. Parabéns!
    Gosto muito das citações e a sua foi bem escolhida.
    Fiz resenha desse livro há pouco e gostaria de saber sua opinião:
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com/2011/09/resenha-21-para-sempre-ana-sergio.html
    Aguardarei seu comentário, caso possa fazê-lo, lá no blog.
    Sucesso!
    cheirinhos
    rudy

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