
Hannah Howell,
Lua de Papel (LeYa)
Li várias críticas sobre A Vidente, tanto positivas quanto negativas. O que eu posso dizer é que Hannah Howell fez um trabalho excelente, misturando um estilo romance de banca com um quê de sobrenatural, deixando a história cada vez melhor.
O livro fala sobre Chloe Wherlocke, uma mulher que prevê que o filho da sua irmã, que nascerá morto, será trocado pelo da esposa do conde Julian Kenwoood, para que o mesmo não saiba que tem um herdeiro vivo. Então Chloe se esconde e “resgata” o filho do conde, vai pra casa do seu primo, Leonor Wherlocke, e cuida de Anthony até que Julian esteja “pronto” pra saber tudo sobre o seu filho, e sobre o que sua esposa e seu tio tramaram pra ele.
Julian – que tem andado sempre bêbado em bordeis desde que descobriu que sua esposa tinha amantes, ou seja, à mais ou menos um ano – é salvo da quase morte por Chloe e Leo Wherlocke. Enquanto ele se recupera dos ferimentos, descobre que seu filho morto não era verdadeiramente seu, e que muita coisa aconteceu enquanto ele se “desligava do mundo”.
Aparentemente morto pra todos, Julian tem que lidar com todos os fatos que estão sendo “jogados” nele, com a nova relação com o seu filho recém-descoberto, e com a avassaladora paixão que ele se pegou nutrindo por Chloe, que, ele percebe, o corresponde. O conde também aprende a aceitar o dom da amada, e acreditar nele quando necessário, assim como em todos os dons das famílias Wherlocke e Vaugh. Com todos os seus parentes sobre constante proteção e vigilância, Julian tem que ir a luta, e retomar tudo o que lhe foi “tirado” nesse um ano – a honra, as terras, a dignidade e, principalmente, o amor.
Gostei muito de A Vidente. Não sei se é porque eu já o li sem altas expectativas, ou sei lá, porque o estilo me atrai. A história foi bem elaborada, não deixando nenhuma “ponta solta”, o que é ótimo, pra uma pessoa curiosa como eu, que quer sempre saber por que tal coisa aconteceu, rs. A sinopse, na real, está meio equivocada em algumas coisas, e quando li o livro percebi isso.
Além disso, a capa é linda demais, e a fitinha azul deu um toque delicado ao livro, que já tem uma capa mais delicadinha também. Ah, além de esconder o rosto da personagem, o que nos dá mais margem pra imaginarmos como ele deve ser. Enfim, a Lua de Papel fez um ótimo trabalho.
Agora é só esperar pela continuação, que deve ser lançada no Brasil até o final do ano – de preferência, rs. Então fica a dica pra quem gosta de romances de época, e um pouquinho do estilo de Sherlock Holmes, em investigação e tals. A Vidente, apesar de não ser um must read, é um livro que vale a pena ler.
Beijos,
Samantha.