Ponte para Terabítia,
Katherine Paterson
Salamandra
Livraria Saraiva - Submarino
“Ponte para Terabítia” começa contando a história de Jesse Oliver Aarons Jr., cujo maior “sonho” é ser o campeão de corrida de toda 4ª e 5ª séries, vencendo Gary Fulcher. Ele treinou o verão todo pra isso, levantando de madrugada – ao som da caminhonete do seu pai – e correndo por todo o pasto, mas infelizmente seus planos são frustrados por Leslie Burke, uma garota novata na escola que conseguiu correr mais que ele. A única coisa que o consola é que ela também venceu Gary, então tudo bem.
Jess mora em tipo uma fazenda, numa cidadezinha pequena perto de Washington – que é onde o seu pai trabalha – e adora desenhar, mas esconde isso de todos, com medo de que caçoem dele, e também, não quer que o seu pai se decepcione, achando que ele não é “macho” o suficiente. É o único homem, tirando seu pai, numa família com cinco mulheres – sua mãe e suas quatro irmãs, sendo duas mais velhas e duas mais novas. É difícil pra ele aguentar Brenda e Ellie, suas irmãs mais velhas, que sempre se safam das tarefas, e ainda ficar ouvindo os choramingos de Joyce Anne, sua irmãzinha de quatro anos. A única das quatro que realmente gosta dele é May Belle.
Num dia a vida de Jesse muda completamente, quando Leslie se muda pra cidade. Ela e seus pais ocupam a casa ao lado, então o garoto já sabe que eles não vão ficar por muito tempo – porque, obviamente, ninguém aguenta ficar muito tempo na antiga casa dos Perkins, já que ela está caindo aos pedaços.
No começo Jess não ia com a cara de Leslie, afinal, ela tinha lhe roubado o seu sonho. Mas aos poucos, a garota vai se mostrando muito mais do que uma novata que se veste estranho... Ela vai se mostrando uma ótima amiga para ele. E assim, brincando, eles “descobrem” Terabítia.
O “reino” de Terabítia é na verdade um bosque – do qual, devo ressaltar, Jesse diz que tem medo – onde eles decidem ser reis. Onde eles podem se transformar no que quiserem, porque ninguém estará lá pra dizer o que é certo e errado, apenas eles. E assim se passa muito tempo, com os dois indo pra lá – apenas se segurando em uma corda que passa por cima de um rio – todas as tardes. E quanto mais eles ficavam juntos, mais descobriam uma amizade pura e verdadeira. Até que, em um dia até então maravilhoso, em que vai passear com sua professora favorita, a Srta. Edmunds, seu mundo desaba.
“Ponte para Terabítia” é um livro curto, de apenas 160 páginas, que eu nem sabia que existia. Há muito tempo eu assisti o filme – que é lindo, e com o qual eu chorei – sem nem imaginar que era baseado numa obra literária lançada em – pasmem – 1977. Claro que há muitas diferenças entre o livro e o filme, mas – pelo o que me lembro – acho que a versão cinematográfica ficou até bem fiel.
Eu já sabia desde o começo que ia chorar quando chegasse no final do livro, e estava até com um pouco de medo. Não sei do quê, não me perguntem. E eu amei o livro, de verdade. Tem uma linguagem fácil, é um livro rápido, até por parecer ser uma literatura mais infantil. Achei engraçado como a maioria das pessoas tem nomes compostos – May Belle, Joyce Anne... – e até mesmo com a tradução deu pra perceber o jeito meio caipira deles.
É um livro que cativa, por ser uma história bonita, simples, de duas crianças que apenas querem se divertir, viver a vida. Dá pra ler ele muito rápido, mas com certeza a história nos faz pensar sobre tudo o que conhecemos, as nossas ações, e no que elas resultam. Então é um dos meus favoritos, e que eu recomendo demais. (:
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Pra quem quiser ver, deixo abaixo o trailer do filme:
Samantha
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